terça-feira, 10 de setembro de 2013

Economista alerta para 'bolha imobiliária' no Brasil, mas Secovi-MS nega supervalorização

A afirmação de um economista norte-americano sobre uma possível “bolha-imobiliária” no Brasil e a divulgação da tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) Zap  trouxeram à tona um assunto negado pela maioria dos Sindicatos da Habitação do Brasil: o aumento exacerbado no preço dos imóveis.

 
 

  

Após a abertura das linhas de financiamento pela Caixa Econômica Federal de imóveis, a população passou a suspeitar do aumento repentino no valor das casas. Segundo o presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, quem joga os preços no alto simplesmente não vende.
“Houve uma valorização, mas dentro das linhas de crédito e da realidade do consumidor brasileiro. Quem trabalha com preços acima da realidade, simplesmente não vende, não faz negócio”, afirma.

“Bolha murcha”
Para o professor Robert Shiller, da Universidade de Yale, “não é possível saber com certeza, mas suspeito que exista uma bolha imobiliária nas maiores cidades do Brasil. O fato de os preços terem dobrado nos últimos cinco anos não soa bem. Se os preços caírem, isso pode criar problemas."
Marcos diz que as chances de uma bolha imobiliária no Brasil, no momento, são mínimas. “Seria preciso as pessoas perderem o emprego repentinamente, mas nem assim, a bolha murcha e não estoura”, explica.
Três fatores brasileiros dificultam uma explosão, que são o financiamento de até 80% no valor da casa própria, a baixa inadimplência dos financiamentos (1,5% apenas no último ano, a menor taxa dos últimos 50 anos) e outros financiamentos em cima do da casa própria.
O presidente do Secovi-MS explica que não é possível, no Brasil, fazer mais de um financiamento em cima da valorização do imóvel, como aconteceu nos Estados Unidos. “Mais dinheiro era liberado em cima da valorização calculada do imóvel, o que não aconteceu. Por isso o sistema foi falho nos Estados Unidos. O sistema de liberação de financiamento da Caixa Econômica é um dos mais rígidos do mundo”, ponderou.

Valorização dentro da média
Dentre as 16 cidades monitoradas pelo índice, Belo Horizonte e Florianópolis registraram as maiores desvalorizações nos preços em maio, de -0,1% e -0,2%, respectivamente. Curitiba apresentou a maior alta no mês, de 3,3%. Em São Paulo, a alta foi de 1% e no Rio de Janeiro, de 1,2%. A pesquisa realizada pela Fipe não é feita em Mato Grosso do Sul, mas informa estatisticamente a valorização do metro quadrado em alguns bairros.
Na região central de Campo Grande, por exemplo, o metro quadrado de um apartamento custava R$ 1.923 em janeiro de 2011 e passou a R$ 2.051 em janeiro de 2012, de acordo com a estatística. Nos últimos 12 meses, o aumento dos preços do metro quadrado nas 16 capitais foi de em média 12,3%.
Depois do boom imobiliáro de 2010, Marcos garante que o mercado vive um momento de estabilidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Fipe chegou a observar aumentos de preços de 50% em curto período de tempo. Esse aumento baixou agora para a casa dos 15%, com leve tendência de queda.

Fonte: Midiamax

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